Endereço: Rua José Antônio Marinho, 450
Barão Geraldo - Campinas, São Paulo - Brasil
Cep: 13084-783
Fone: +55 19 3289-5751
Email: idisa@idisa.org.br
Adicionar aos Favoritos | Indique esta Página

Entrar agora no IDISA online

“A SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA PRECISA DE MAIS DINHEIRO” LULA

Uma surpresa agradável e lamentável desta quinta-feira. Lula em meu estado de São Paulo, diante de José Serra e mais dezenas de pessoas, declara publicamente:
"Quem quer que seja o presidente da República depois de mim vai ter que discutir mais dinheiro para a saúde. Não tem alternativa. Não é possível fazer saúde neste país sem dinheiro, custa caro" Folha-online-25/3/2010-14:33.

Ora vivas, mais uma vez nosso Presidente Lula, diz que saúde precisa de mais dinheiro e se esquece que ainda é o Presidente por mais nove meses! Aproveita para acusar a oposição por não ter aprovado a prorrogação da CPMF:

“Em seguida, entretanto, o governador paulista ouviu do presidente uma queixa sobre a oposição, que em 2007 conseguiu no Senado impedir a prorrogação da CPMF. Parte dos R$ 40 bilhões arrecadados pelo tributo era destinada à saúde. Para Lula, a postura dos senadores de oposição foi uma "mesquinharia". "Fiquei muito magoado e ofendido quando a minha oposição no Senado derrubou a CPMF. Eu não conheço um empresário no Brasil que reduziu do custo do seu produto 0,38 por cento, que é o que a gente pagava no cheque", afirmou o presidente.“ Folha-online-25/3/2010-14:33.

É bom a gente trazer à memória os fatos passados. A disputa na votação da CPMF entre Governo e Oposição foi, usando o termo de Lula, de uma total “MESQUINHARIA”. O governo foi mesquinho e oposição mesquinha. Disputa mesquinha de ambos os lado. De um o Lula representando o governo e apoiado pelos seus assessores (diga-se:em salto 15) que lhe deram a certeza que a prorrogação da CPMF passaria lisa no Senado. De outro a oposição puxando a corda como todas as oposições anteriores sempre souberam bem fazer com os governantes. Nós batalhadores da saúde que acompanhávamos o processo dizíamos aos interlocutores palacianos: é preciso garantir aos senadores que este dinheiro será destinado total e exclusivamente à saúde, como um dinheiro a mais que o atual. Jamais substituindo fonte como já matreiramente fizera a oposição (então governo) quando introduziu a CPMF. Quem endureceu, foi mesquinho por primeiro foi Lula, fundeado em sua assessoria e não querendo se dobrar, medindo forças. Esta carta declaratória que o dinheiro da CPMF iria todo para a saúde e não substituiria fonte, só chegou ao plenário do Senado na undécima hora servindo de pretexto para, aí sim, a externar-se a MESQUINHARIA da oposição que em salto 22 tripudiou:- “Agora é tarde! Não brincamos mais de CPMF! Se tivesse chegado este compromisso antes, nossa posição seria favorável”. Fui testemunha ocular da história sentado por incontáveis horas no banquinho duro da torrinha do senado.

Temos que ser justos e memória longa, caso contrário se repete a técnica goebeliana de dizer mentiras sistematicamente para que acabem sendo aceitas como verdades.

Mas, este texto, não é para discutir esta questão. Este texto é para comemorar e demonstrar minha estupefação.

Lula, por que só o próximo presidente tem que colocar mais dinheiro na saúde? Por que só depois isto deva acontecer e não agora? Temos ainda nove meses de seu governo e não é hora de jogar a toalha e começar a cobrar responsabilidades de quem vai chegar. Não se pode, nove meses antes do governo, dar o jogo como vencido e dizer que só na nova escalação de time vai se poder pensar em fazer gols.

Lula, ainda há tempo. Nove meses são muitos meses. Em nove meses se consegue fazer vigilância à saúde de muitos brasileiros, promover a saúde de muita gente, prevenir doenças de outro tanto e tratar aqueles que não conseguiram evitar suas doenças. Uma tríplice missão constitucional dos Governos de só executar o Sistema Único de Saúde.

Lula, ainda há tempo para que seu governo de oito anos, não passe para a história como o governo de um presidente sindicalista que, em relação à saúde, ficou só de macacão da fábrica discutindo plano privado de saúde na mesa de negociação com o patrão. Lula, por oito anos, escolhido pela maioria, você é nosso “patrão” transitório e está na hora de garantir o melhor plano de saúde para nós cidadãos. O plano de saúde, que poderíamos chamar não apenas de SUS, mas de SUS-SEG: o seguro de saúde público e solidário do cidadão. Lula, você não pode passar à história como o presidente socialista, o homem do povo, que não conseguiu garantir melhorar significativamente o plano constitucional de saúde de todos os cidadãos.

Lembro, para não me acusarem de apenas financista, que além de mais dinheiro na saúde, precisamos de outros mais: mais Brasil, para melhorar condições de vida-saúde dos brasileiros; mais modelo constitucional de fazer saúde – mais SUS; mais eficiência em todos os campos da gestão; mais honestidade, o que significa coibir a corrupção com toda a energia.

Anexo:
Serra pede melhorias na saúde e Lula reclama do fim da CPMF
Folha On line - 25/03/2010 - 14h33 da Reuters, em Brasília

O governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato à Presidência pelo PSDB, defendeu nesta quinta-feira melhorias no sistema de saúde brasileiro, mas ouviu na sequência uma crítica à oposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Os dois participaram de uma cerimônia de entrega de ambulâncias a prefeituras paulistas, em Tatuí (SP). A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata a presidente pelo PT, também estava no evento.

"Nós temos que aperfeiçoar o nosso sistema de saúde. Temos que torná-lo cada vez melhor, cada vez com o atendimento de primeira classe", discursou Serra, ex-ministro da Saúde.

"Podemos ter em avião primeira, segunda e classe turista, mas não podemos ter na saúde serviço de primeira e serviço de segunda classe. Saúde tem que ser serviço de primeira classe para todo mundo e esse é um trabalho que nós estamos perseguindo", disse.

Em seguida, entretanto, o governador paulista ouviu do presidente uma queixa sobre a oposição, que em 2007 conseguiu no Senado impedir a prorrogação da CPMF.

Parte dos R$ 40 bilhões arrecadados pelo tributo era destinada à saúde. Para Lula, a postura dos senadores de oposição foi uma "mesquinharia".

"Fiquei muito magoado e ofendido quando a minha oposição no Senado derrubou a CPMF. Eu não conheço um empresário no Brasil que reduziu do custo do seu produto 0,38 por cento, que é o que a gente pagava no cheque", afirmou o presidente.

"Quem quer que seja o presidente da República depois de mim vai ter que discutir mais dinheiro para a saúde. Não tem alternativa. Não é possível fazer saúde neste país sem dinheiro, custa caro", acrescentou.

O presidente sugeriu ainda que o Ministério da Saúde apresente uma proposta para a compra de aviões e helicópteros para o transporte de doentes de lugares mais distantes e com enfermidades graves.
 



Meus Dados

Dados do Amigo

Copyright © . IDISA . Desenvolvido por W2F Publicidade